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Chaise-Longue

Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações . Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .

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" Aquilo " a que alguns " iluminados " teimam em chamar de poesia do século XXI

Tenho continuado a ler bastantes livros .

Nos últimos tempos foram vários livros de poesia e também alguns poemas avulsos

salientados por júris de atribuição de prémios .

E dessas leituras resultou de forma cuiosa a recordação dos meus tempos de estudante

de Coimbra .

É que quando da minha " queima do grelo " - fase imediatamente antecedente à colocação

das fitas largas do último ano do curso - incumbi de uma missão o caloiro que segurava o

" penico " onde o " grelo " iria ser queimado .

Viviam-se nessa época práticas de " praxe " interessantes, integradoras e sem pulsões

negativas .

O caloiro estava de certo modo já por mim pré-seleccionado mas eu tive por conveniente

submetê-lo a um teste final, antes de o " admitir " de modo definitivo .

Daí ter-lhe dito :

O animal vai ter que elaborar um texto de reflexão sujeito ao seguinte tema - " A

influência das questões transactas nos casos correlativamente hipotéticos . "

Vá, desenrasque-se : tem trinta minutos para mostrar o que vale !

Como se verifica o tema tinha características herméticas, mas a verdade é que o

caloiro desenrascou-se bastante bem - aliás, é possível que tenha descoberto então

a sua especialidade futura, uma vez que presentemente é um reputado médico psiquiatra .

Tal hermetismo veio-me ao espírito exactamente quando lia esses recentes livros de

poesia .

Só que há uma diferença essencial : na " praxe " brincava-se, mas a poesia é uma arte

muito séria .

E ao ver o hermetismo poético que hoje merece tantas loas, interrogo-me quanto ao

modo como seriam tratados na actualidade

    * sonetistas extraordinários como Antero do Quental, Bocage ou Florbela Espanca

    * poetas de uma musicalidade extrema e de um perfume inebriante como Cesário

Verde ou de uma intensidade telúrica como Miguel Torga .

Que saudades de António Gedeão, de António Nobre, de Augusto Gil, de Bernardim

Ribeiro, de Dom Dinis, de Fernanda de Castro, de Fernando Pessoa, de Frei Agostinho

da Cruz, de João de Deus, de José Duro, de José Régio, de Luis de Camões, de Sá de

Miranda, de Sebastião da Gama, de Teixeira de Pascoais e de tantos outros !

POESIA, REGRESSA !!!

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