Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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João Miguel Tavares, referindo-se a Luis Montenegro, escreveu :
" Luis, não é assim que se muda um país . "
Tem razão, mas Montenegro está muito longe de estar sozinho nessa falta de medidas estruturais .
Só recordo, como raras e honrosas excepções, Cavaco Silva e Passos Coelho . Falta Sá Carneiro, mas esse morreu prematuramente e de uma forma muito estranha ...
E, se há medidas estruturais de enorme complexidade, outras existem de implementação mais simples.
Recordo apenas :
* controlo apertado das verbas concedidas às inúmeras Fundações existentes, com análise da actuação prática face aos objectivos estatutários ;
* extinção dos Observatórios que não observam nada ;
* redução do número de deputados na Assembleia da República para 181 ( o que nem torna necessário alterar a Constituição ) ;
* criação de círculos eleitorais uninominais ( sem prejuízo, naturalmente, da existência de um círculo nacional compensatório ), medida capaz de assegurar melhor nível dos que se sentem nas cadeiras do Parlamento .
Mariana Mortágua, deputada e coordenadora do BE, casou no Alvito em Junho transacto .
Há já largos meses tinha declarado ser lésbica .
Tem todo o direito na opção feita, tanto quanto teria se se assumisse heterossexual .
A verdade, contudo, é que o acontecimento apenas foi conhecido por a deputada ter justificado ausência na Assembleia da República exactamente pelo casamento .
Só que as revistas cor-de-rosa ( habitualmente tão curiosas com as efemérides de famosos e famosas ) e os outros órgãos informativos silenciaram o acontecimento .
E assim nem se sabe quem é a feliz mulher que juntou os trapinhos com a deputada .
Na reunião da NATO que decorreu nos EUA foi defendida a adesão da Ucrânia à organização em caso de cessar-fogo na guerra em curso com a Rússia .
Essa posição só pode reforçar a intervenção de Putin, pois que, de outro modo, após o cessar-fogo e a adesão da Ucrânia à NATO, novo ataque da Rússia depararia com a resposta massiva dos países da organização .
Assim, possivelmente, o cessar-fogo acabou por ficar ainda mais longe .
A não ser que, com o cessar-fogo, fossem concedidos ao novo czar os territórios que há longo tempo tenta abocanhar e que ele se satisfizesse com isso ( satisfar-se-ia ? ) .
Em plenário da Assembleia da República André Ventura, do Chega, lembrou que a Turquia construiu um aeroporto em cinco anos, não sendo os turcos propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo .
Não só, mas principalmente os esquerdóides - que têm sempre que fazer muito barulho para parecerem ser cinco vezes mais do que na verdade são - invectivaram o comentário, pretendendo que o Presidente da AR censurasse o deputado André Ventura .
Aguiar-Branco - e muito bem - recusou, argumentando que não será o censor de nenhum dos deputados, acrescentando que não é a mesa da AR que é o Mº Pº, a esquadra de polícia ou um tribunal popular .
E lembrou aos distraídos ( ou não tão distraídos assim ... ) que o regimento da AR não enquadra esse tipo de afirmações como passíveis de censura e que, se acharem dever ocorrer o alargamento das atitudes censuráveis, tomem a iniciativa .
A esquerda juntou-se nas críticas, mas cabeças pensantes mais lúcidas e descomprometidas defenderam a posição de Aguiar-Branco .
Foi, por exemplo, o que se passou com João Miguel Tavares : " Fico muitíssimo satisfeito que Aguiar-Branco venha recordar que a liberdade de expressão significa aceitar - não silenciar - aquilo de que não gostamos . "
Também os juristas Francisco Teixeira da Mota, Jorge Lacão e Leonor Caldeira defenderam a atitude de Aguiar-Branco na Assembleia da República .
Eu também o aplaudo .
E aplaudo ainda mais a elegância e o bom senso com que respondeu aos detractores .
Outro, menos paciente, ter-lhes-ia retorquido de forma diferente .
Por exemplo :
Agora o Presidente da Assembleia da República sou eu ! Terão que se habituar !
( ou seja - não esperem que eu repita os comportamentos de Augusto Santos Silva, o defenestrado das últimas eleições legislativas ... )
Um conjunto de "personalidades" assinou e difundiu um manifesto denominado " Por uma reforma da Justiça " .
No ponto 3 do manifesto diz-se :
" Apesar de constitucionalmente protegido, as recorrentes quebras do segredo de justiça, com participação ativa ( para transcrever fielmente tenho que "engolir" o Novo Ac(b)ord(t)o Ortográfico ... ) de grande parte da comunicação social, dão azo a julgamentos populares, boicotam a investigação e atropelam de forma grosseira os mais elementares direitos de muitos cidadãos, penalizando-os cruelmente para o resto das suas vidas, mesmo quando acabam judicialmente inocentados . "
Na lista das cinquenta personalidades que assinam o manifesto deparei, com enorme estupefacção, com Eduardo Ferro Rodrigues. o mesmo que, há uns anos,afirmou " estou-me cag**do para o segredo de justiça " .
Bela companhia para os restantes quarenta e nove !!!