Mini-conto de ficção
Não consigo deixar de pensar na rapariga .
Alta, pernas bem torneadas, duas rolas virgens firmemente recolhidas no peito,
olhos belos se bem que de cor indefinida ( ou essa indefinição a torná-los ainda
mais belos ), cabelo em que apetece mergulhar as mãos, sorriso quente mas doce .
Será que hoje, por fim, irei ter coragem para lhe dirigir a palavra ?
Trrim ! O som estridente do despertador acorda-me, recordando de modo pouco
agradável que o trabalho não espera .
Afinal ainda não será hoje que superarei os meus constrangimentos, conseguindo
falar com ela .
Nem hoje, nem amanhã, nem mais tarde .
Nunca .