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Chaise-Longue

Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações . Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .

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Já não há Miguéis como os de antigamente . ( Claro que não estou a pensar no Miguel de Vasconcelos )

De quando em vez os meus melhores pensamentos centram-se num dos Reis de Portugal : o Senhor

Dom Miguel I .

Rei adorado pelo seu povo acabou por ser vencido pelos impropriamente chamados "liberais", reforçados

por uma chusma de mercenários .

Quando da Convenção de Evoramonte - que determinou o seu banimento e de seus descendentes do

território português, lei iníqua felizmente revogada em 20 de Maio de 1950 - Dom Miguel entregou as

jóias da Coroa . E, temendo que ocorresse alguma involuntária falta, abdicou também de muitas jóias

pessoais, para desse modo compensar alguma eventual falha .

A resposta por parte dos impropriamente chamados "liberais" consistiu no integral incumprimento dos

compromissos que tinham assumido na Convenção para com o Senhor Dom Miguel .

Nos tempos actuais continuam a existir Miguéis . Mas que diferença !

Miguel Relvas permanece impávido e sereno, como se a sua turbolicenciatura fosse o evento mais natural

deste mundo .

E Miguel Macedo, a ser exacto aquilo que vem sendo veiculado pelos órgãos da comunicação social ( que,

depois de ter determinado a intervenção da PSP nos lamentáveis acontecimentos de 14 de Novembro de

2012, acabou por ser desautorizado, por meio de ordem de sentido contrário dada nem se sabe ainda bem

por quem ) não tomou a única medida que resguardaria a sua imagem : a demissão pura e simples .

Realmente já não há Miguéis como os de antigamente !

A "república" em todo o seu esplendor

Sairam dos lábios do Presidente da república, na entrega dos prémios Gazeta, estas autênticas "pérolas" :

" Todos sabem que o silêncio do Presidente da República é de ouro, hoje a cotação do ouro foi 1.730 dólares

por onça, uma onça são 31 gramas, mais 1,7% do que a cotação do ouro naquele dia de Setembro em que

a generalidade dos portugueses ficou a saber o significado da conjugação de três letras do alfabeto português :

"tê", "ésse", "u" (TSU) " .

Finalmente fez-se luz no meu espírito !

O Senhor Presidente da república, mau grado a sua vida austera ( e não sendo já viáveis aplicações interessantes

 no BPN ... ), não consegue sobreviver com os rendimentos das reformas que obteve .

Assim, ter-se-á virado para os investimentos no nobre metal .

Até quando, república, abusarás da nossa paciência ?

 

As difíceis reformas em Portugal e os seus múltiplos constrangimentos

José Miguel Júdice disse recentemente que, em matéria de reformas, o actual Governo fez mais num

ano do que tudo o que fora efectivado nos trinta anos anteriores .

A afirmação tem laivos de verdade mas, apesar disso, a tarefa a realizar nesse campo está muitíssimo

longe de se encontrar completada .

São múltiplas as causas dessa incompleta realização .

Desde logo, à cabeça, surgem os interesses partidários, até dentro da coligação governativa ( cuja

solidez é muito problemática ) .

Os interesses dos dois partidos que a integram são com frequência divergentes e é essa a causa de

algumas das reformas necessárias não conseguirem ver a luz do dia . Apenas dois exemplos :

1º - a redução do número actual ( exageradíssimo ) de deputados, acompanhada de uma revisão profunda

da legislação eleitoral, não revestiria uma inviabilidade absoluta para o PSD . Mas já o CDS, temendo

regressar ao período do " partido do táxi " ou, pior ainda, converter-se no " partido da motorizada ", foge

dessa redução como o diabo da cruz ;

2º - a redução das verbas entregues aos partidos e delapidadas nas campanhas eleitorais surge como

admissível para o CDS . Mas já o PSD, pensando mais nas suas clientelas disseminadas por todo o país do

que no interesse nacional, opõe-se de forma categórica a essa mais do que justificada reforma .

Para além destes casos, bem demonstrativos dos constrangimentos que continuam a impedir avanços mais

substanciais na imperiosa reforma do Estado, existem inúmeras outras situações onde as resistências surgem

daqueles que veriam limitados os privilégios ou os interesses de que actualmente dispõem .

E essas resistências surgem mesmo quando as comparações internacionais comprovam sem a menor dúvida

que a reforma tem plena razão de ser . Um exemplo deste tipo :

Recentemente o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa ( SPGL ), na ânsia corporativa de contestar as

medidas reorganizativas do Ministério da Educação e da Ciência, difundiu em grandes parangonas que

- professores+alunos por sala=pior ensino .

Ora a verdade, indiscutível e incontroversa, é que o número de alunos por professor em Portugal é muito

inferior ao que se verifica na zona euro - no ensino básico tínhamos, em 2009, 10,9 alunos por professor

quando a média na zona euro era de 14,3 ; no ensino secundário7,5 alunos por professor, comparando com

12,1 de média europeia .

Desde 2009 terá naturalmente ocorrido alguma melhoria nestes indicadores, mas é de admitir que continuem

acima da média verificada na zona euro .

E, também nesse mesmo ano de 2009, o gasto com a educação em Portugal, em percentagem do PIB, era de

5,8%, superior, se bem que ligeiramente, à verificada na média dos países da zona euro ( 5,7% ) .

Ora digam lá se alguém pode ser prior numa freguesia destas !

Os Primeiros-Ministros em Portugal são todos iguais, ... mas há uns mais iguais do que outros ...

No decurso do processo " Face Oculta " houve escutas de conversas ocorridas entre Armando Vara e

o Primeiro-Ministro José Sócrates .

Essas escutas foram mandadas destruir pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça Noronha do

Nascimento, por considerar que teria sido excedido o prazo legal ( quinze dias ) no encaminhamento

para o STJ .

No desenrolar do processo " Monte Branco " ocorreram escutas de conversas havidas entre José Maria

Ricciardi e o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho .

Essas escutas foram validadas  por Noronha do Nascimento, presidente do Supremo Tribunal de Justiça,

não obstante terem sido enviadas ao Supremo para validação cerca de onze meses após a sua realização .

Não restam dúvidas de que em Portugal os Primeiros-Ministros são todos iguais, ... mas há uns mais iguais

do que outros ...

 

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