Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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Deflagrou há alguns dias um incêndio no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil .
Infelizmente tenho de confessar não ter estranhado esse triste episódio .
Depois de uns poucos Malatas e uns raros Casteleiros, perante o silêncio cúmplice e acobardado de uns milhões, a resistência denodada de uns milhares e o deixa andar habitual da justiça portuguesa, terem reduzido a cinzas a nossa bela língua, só seria espectável que as labaredas prosseguissem a sua sanha destruidora, para que o passado não ficasse vivo a reclamar do crime cometido .
Mas esses saqueadores, se bem que a contragosto, depararão dentro de algum tempo com o Museu recuperado e pujante, renascido qual fénix .
Sempre que ouço intervenções da deputada do BE Mariana Mortágua, seja na Assembleia da República, seja em resposta a interpelações de jornalistas dos diversos órgãos de informação, lembro-me de imediato do fado "Mariana", com letra de Ribeirinho e música de Fernando Carvalho .
Tem cautela, Mariana, aconselha a letra do fado a certa altura .
Só que eu, com uma pequena "nuance", pergunto antes :
Surgido na aproximação da quadra natalícia a Lugar da Palavra Editora deu à estampa o livro "Lugares e Palavras de Natal", uma colectânea de contos e poemas .
O lançamento teve lugar no Porto no passado dia 5 e em Alenquer no dia imediato .
Já começou o "teatro" do 1º Ministro António Costa, procurando mostrar aos seus parceiros ( de fora ) do Governo que irá envidar intensos esforços para fazer regressar a maioria do capital da TAP ao controlo do Estado .
E, documentando esse magno objectivo, afirmou que "negociar a aquisição pelo Estado dos 51% do capital da TAP é vital" .
A "encenação" começou no dia em que o consórcio Atlantic Gateway esteve reunido com o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, para uma primeira troca de impressões .
Só que Humberto Pedrosa já proferiu afirmações que não deixam dúvidas - "o nosso projecto não se adapta com minoria" . Realmente, não podia ser mais claro !
Curioso é que o mesmo António Costa que "fingiu" negociar com a coligação PàF - que ganhou as eleições legislativas -, pois nunca esteve no seu espírito integrar, de dentro ou de fora, um Governo no qual só poderia ter um lugar subalterno, espere agora que os responsáveis do consórcio Atlantic Gateway se sintam confortáveis injectando centenas de milhões de euros numa companhia na qual passariam a ter uma voz débil ...
Só que a posição de António Costa é capaz de não passar de mero "fogo de vistas" . Ele sabe que são praticamente nulas as hipóteses de reverter a situação . Mas pretende mostrar aos seus parceiros (de fora) do Governo que fez todos os possíveis ( e até mesmo os impossíveis ) para resolver o assunto, tendo em vista, com tão heróicos esforços, manter o difícil equilíbrio entre interlocutores ( ainda ) algo díspares .
São referidos de forma generalizada dois motivos para a recusa do PCP em assinar um documento conjunto com o PS, o BE e o PEV .
O primeiro baseia-se no facto de assim ser mais fácil ao PCP - gerindo habilmente os termos do "compromisso" de molde a conseguir, de certo modo, estar com um pé dentro e outro fora do Governo (dentro, pressionando para que o PS introduza as alterações legislativas que a ele, PCP, interessam ; fora, através da sua "força armada", a CGTP-IN, aumentando ainda mais a pressão com as manifestações de rua ) - obter dividendos .
O segundo teve em vista não se juntar, no mesmo documento, com aquele que agora passou a ser o seu inimigo principal - o BE - em virtude de este o ter ultrapassado em percentagem de votantes e em número de deputados .
Mas existe um terceiro motivo, motivo esse que, estranhamente, não tenho visto ser referido .
Trata-se do objectivo de tentar fazer passar para a opinião pública a ideia de que o PEV é um partido autónomo e não apenas um "apêndice" do PCP .
Objectivo que, contudo, me parece ter sido pouco conseguido, se é que o chegou a ser, mesmo em reduzida escala .