Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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O economista Eugénio Rosa efectua frequentemente estudos que visam fazer avultar os retrocessos ou, pelo menos, os reduzidos avanços nos direitos dos trabalhadores .
No trabalho mais recente do qual tive conhecimento, intitulado "PORTUGAL : um país onde se promove ( cito ) pensões e salários baixos", Eugénio Rosa refere a evolução verificada entre 1995 e 2015 na percentagem dos salários no PIB, indicando que a mesma baixou de 37,6% para 33,6%, agravando a repartição da riqueza Trabalho/Capital a favor das entidades patronais .
Pena é que o economista afecto à CGTP-IN não estenda a sua análise a algumas décadas antecedentes .
É que, se o tivesse feito - e os números são insuspeitos, pois que colhidos no Instituto Nacional de Estatística e no Ministério do Trabalho e da Segurança Social -, apontaria, por exemplo, que em 1960 a percentagem dos salários no PIB era de 46%, tendo subido para 46,6% em 1965 e para 52,8% em 1970, enquanto a percentagem em 2015 foi a mais baixa desde que existem indicadores .
Uma janela de liberdade mais rasgada, como assim se vê, não é necessariamente acpompanhada de uma maior justiça retributiva .
As actuações de Marcelo Rebelo de Sousa ( MRS ) continuam a ser passíveis de um comentário crítico, por se encontrarem bastas vezes desfazadas daquilo que seria curial esperar de um Presidente da República ( PR ) .
Depois do lamentável exercício na Cornucópia - onde a cereja em cima do bolo foi a falsidade da declaração de ter estado presente no espectáculo inaugural da Companhia - surgiu agora, no sítio da Presidência ( ! ), o lamento pelo falecimento de George Michael .
Assunto que para o PR ( ou será antes para o comentador MRS ? ) se revestia de relevante interesse nacional e/ou internacional, pelo que não podia deixar de merecer um comentário de tão hiperactivo personagem .
Interrogo-me mesmo se MRS não terá chegado a pensar declarar ter estado no primeiro espectáculo a solo de George Michael depois de este se ter desligado do Duo Whaw .
Terá sido o temor de um novo e imediato desmentido que o levou a recuar ?
Marcelo Rebelo de Sousa ( MRS ), no cargo de Presidente da República ( PR ), mostra-se incapaz de mudar no conjunto das suas qualidades ( imensas ) e dos seus defeitos ( muitos ) .
Entre estes continua o de criar - ou, melhor dizendo, inventar - factos .
Foi o que mais uma vez aconteceu na sua lamentável actuação na Cornucópia .
Não satisfeito com a sua intromissão abusiva nas competências governamentais - sem problemas, como seria previsível, uma vez que o gestor da "geringonça" aguenta tudo enquanto o PR lhe for "aparando" o jogo - teve ainda o desplante de declarar ter estado no primeiro espectáculo da Cornucópia .
Só que, quase de imediato, um dos fundadores da Companhia - Silva Melo - veio afirmar de forma peremptória que MRS não esteve presente nesse espectáculo inaugural .
Há muitos anos que o actual PR nos habituou às suas invenções .
Umas vezes mais elaboradas, como na descrição da refeição em que tinha sido servida uma sopa vichyssoise e que Paulo Portas "engoliu" como verdadeira, e outras mais simples .
Se num simples comentador já é algo chocante, a um PR torna-se inaceitável este tipo de comportamento .
Só que, como diz há muito a sabedoria do nosso povo, "burro velho não aprende línguas" .
O comportamento dos deputados do Bloco de Esquerda na Assembleia da República durante a visita dos Reis de Espanha tem merecido abundantes comentários críticos .
O discurso de Felipe VI, na sessão realizada no hemiciclo, foi aplaudido de pé por PS, PSD e CDS . O PCP permaneceu estático depois de se levantar, enquanto o BE se manteve sentado e não aplaudiu .
Deputados do PS e do PSD, nas redes sociais, acusaram os bloquistas de falta de educação e de desrespeito pelos monarcas espanhois .
Ana Sá Lopes, no jornal i, produziu um lúcido comentário, no qual, entre outros pontos, assinalou que :
* ficar sentado sem aplaudir o discurso do Rei - em nome do princípio da não aceitação da monarquia - é uma coisa ao nível de associação de estudantes ;
* mais grave foi ainda a não comparência na sessão de cumprimentos que o Parlamento de que o Bloco de Esquerda faz parte - e com um número elevado de deputados - organizou para a visita dos Reis de Espanha ;
* a monarquia foi aprovada em Espanha em referendo constitucional .
Pessoalmente o comportamento do BE não me admirou .
Já sabia que para o Bloco nem todas as "dinastias" são iguais ...
Uma dinastia como a espanhola, vigorando num regime plenamente democrático, é uma dinastia execrável .
Uma outra dinastia, a castrista, perpetuando-se num regime ditatorial e antidemocratico,é merecedora das maiores loas e apontada como um exemplo a seguir .
Já sabiamos que o BE gostaria de ver algo de semelhante em Portugal .
Felizmente estamos bastante bem defendidos desse caos .