Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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A derrota desta noite no jogo com o Uruguai não teve para mim nada de inesperado .
Foquei no dia 20/6 a exibição miserável no jogo contra Marrocos, no dia 23/6 adiantei que não acreditava num milagre dos Santos Populares e a 25/6 fui ainda mais directo, referindo que "não me espantará nada a nossa despedida no próximo sábado, nos oitavos de final" .
A confirmação aí está e não importa vir agora com o choradinho habitual de que não merecemos ...
Houve uma diferença relevante entre as duas equipas que se defrontaram e que se pode resumir numa única palavra :
Cntinuamos, quase todos os dias, a ser confrontados com situações pendentes e que não param de se agravar com o decurso do tempo .
É a contagem do tempo congelado na carreira dos professores, o atendimento ( demoradíssimo quando não inexistente ) nos hospitais públicos e demais organismos do SNS, a descentralização que não avança, etc., etc.
Perante esta realidade chocante e negativa como se comportam os agentes políticos ?
Todos - com o Governo à cabeça, "frigorificado" pelos parceiros da "geringonça" - fazem de conta que nada se passa e assobiam para o lado .
A contagem do tempo congelado na carreira dos professores, depois da promessa irresponsável do Governo, acabará por ocorrer, restando apenas definir o timing para que isso aconteça .
E o que faz o Executivo para evitar que o problema se continue a avolumar, com promoções automáticas de todos os docentes, sejam eles competentes ou incompetentes ?
Nada, como de costume .
Era altura para, em relação a futuras admissões, acabar com um regime que transforma os docentes, no topo da carreira ( ao qual todos, ao fim e ao cabo, não deixam de aceder ), nuns dos que na OCDE auferem das remunerações mais elevadas .
E o que faz o Governo face ao caos instalado no SNS ?
Nada, como de costume .
Ou, pior ainda, agrava tal estado de coisas com outra promessa irresponsável e que não foi minimamente ponderada : a redução do horário semanal de 40 para 35 horas .
Quem sofre ?
Os mais pobres, que não podem ter acesso aos serviços privados de saúde ao contrário do que acontece com as classes alta e média alta .
Era altura de o Governo desencadear processos tendo essencialmente em vista, para futuras admissões :
* acabar com a dispensa da prestação de serviço nas urgências de médicos a partir de uma certa idade, desde que o desejem ;
* estabelecer o regime de exclusividade no SNS .
Só que, como de costume, nada será feito, nem nestas nem noutras matérias que também necessitam de revisão .
E assim continuaremos, pois nenhum dos partidos se mostra favorável à mudança .
O imobilismo é a palavra de ordem, por muito que isso faça sofrer o povo .
O Portugal-Irão significou mais uma vez uma exibição longe de ser brilhante da nossa equipa, embora um tanto melhor do que as anteriores .
E deixou no final um travo amargo - tivemos o jogo ao nosso dispor e perdemos uma enorme oportunidade de fazer o 2-0, o que teria obrigado o Irão a abrir-se mais e, com isso, a ficar mais vulnerável .
Mas houve mais aspectos negativos : com outro árbitro e se se tratasse de outro jogador que não o Bola de Ouro o nosso nº 7 teria sido expulso, tornando tudo ainda mais difícil neste jogo e no seguinte ; há um tremendo handicarp na nossa selecção - a grave lesão de Danilo, que "obrigou" o seleccionador a optar pelo William, que é lentíssimo como o Pogba mas, para além disso, bem pior jogador do que ele .
Agora, em vez de uma das equipas mais fracas do Mundial ( a Rússia ) calhou-nos na rifa o Uruguai, o que muito provavelmente vai ser excessivo para nós .
Não me espantará nada a nossa despedida do Mundial no próximo sábado, nos oitavos de final .
Culpa nossa, pois podíamos ter conquistado um caminho bem mais atapetado .
Recep Erdogan produziu interessantes declarações a propósito das eleições presidenciais na Turquia .
Uma das mais significativas foi a seguinte :
"Vamos fortalecer o nosso sistema judicial para o tornar mais independente e forte."
É muito curioso o modus faciendi desse fortalecimento - o Presidente passa a ser responsável pela nomeação de 12 dos 15 juízes do Tribunal Constitucional !!!
A exibição da equipa portuguesa foi miserável e não augura nada de bom para o resto do campeonato .
Como no jogo com a Espanha o seleccionador nacional deu à nossa equipa nota 6 espero que desta vez, a ser justo, atribua uma classificação não superior a 3 .
Foi comunicada a atribuição conjunta da organização do Mundial de Futebol de 2026 aos Estados Unidos da América, ao Canadá e ao México .
Recordando os diferendos que praticamente desde o início do mandato de Donald Trump como Presidente dos EUA têm ocorrido com o México e, em momento bem mais recente, as críticas acerbas que Trump dirigiu ao Primeiro-Ministro canadiano Justin Trudeau não deixa de ser curiosa esta aproximação conseguida pelo desporto rei .
Ao ver isto começo a perguntar-me se demorará muito a organização conjunta de um Mundial de Futebol pela Coreia do Norte e a Coreia do Sul ...
Será já em 2030 ?
E, para além dos estádios já existentes, com mais um, monumental, construído na zona desmiliteralizada !
A Comissão Europeia acaba de propor uma verba de 34,9 mil milhões de euros para financiar a migração e a gestão das fronteiras no orçamento plurianual 2021-2027, face aos actuais 13 mil milhões .
Com este reforço - mutíssimo significativo - a Comissão Europeia visa três objectivos essenciais :
* asilo, migração e integração
* luta contra a migração ilegal
* regressos .
Esta proposta surge na mesma altura em que ocorrem cortes nas políticas de coesão e agrícola, por limitações orçamentais !
Ou seja :
enquanto a vida interna da União sofre vicissitudes reforça-se o apoio à migração e ao asilo, como se fossem irrelevantes
* a criminalidade crescnte, em grande parcela originária das comunidades migrantes não integradas ;
* a proliferação em gandes cidades da Bélgica, da França e de outros países de zonas nas quais já não existe controlo pelas autoridades e pelas forças da ordem ;
* o surgimento ( e a multiplicação ) de casos de violações grupais ;
* a transformação de antigas zonas tranquilas em regiões de perigo iminente ;
* o recrutamento de "fiéis" para a efectivação de acções terroristas, agora frequentemente realizadas de forma individual ou por pequenos grupos, atenta a maior dificuldade na realização delas com muitos integrantes ;
* a não reacção ( ou a reacção apenas numa minoria de países) à doutrinação da violência que é feita às claras nas mesquitas ;
* a incapacidade das autoridades para actuar de forma tempestiva na expulsão de migrantes ilegais ;
* a inércia face aos actos ilegais e de autêntica barbárie que são praticados ;
* e, ao contrário, a punição daqueles que levantam a voz contra este lamentável estado de coisas .
Perante estas permissividade e distracção encontramos, no plano oposto, outros países ( como a Hungria e agora a Itália ) que exageram no combate à migração .
E a União Europeia, nesta como em muitas outras matérias, revela-se incapaz em absoluto de definir uma linha de rumo clara, coerente e equilibrada .
Já não estranhamos, pois é aquilo a que a União Europeia nos vem habituando .