Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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Na época do ( impropriamente chamado ) liberalismo e ainda mais na fase desastrosa da 1ª República as relações políticas regiam-se pelo confronto violento e quase nunca pela tentativa de busca de consensos .
Muitos desses males continuam nos dias de hoje, agravados ainda pela posição, comum a todas as organizações políticas, localizando em qualquer uma das outras a causa dos males e dos problemas sem solução .
Estamos longe de uma prática democrática que assente numa visão de que os adversários ( não inimigos ) políticos também podem fornecer contributos válidos na construção de soluções .
Começando hoje a tentar formar esse estado de espírito talvez dentro de duas gerações nos fosse possível ter soluções legislativas como, por exemplo, na Noruega .
Sabem que nesse país não pode haver eleições antecipadas ?
É que as crises políticas resolvem-se através do diálogo e da busca de consensos, sem a solução, aparentemente fácil, do "vamos lá fazer eleições outra vez " .
Como ainda estamos longe desse estádio democrático !
Têm sido inúmeros - e chocantes - os "pontapés na gramática" que o Ministro da Educação do Brasil vem concretizando .
Desde "imprecionante" a "haviam emendas" ( ai se haviam ... ) e de "paralização" a "suspenção" é uma girândola de erros elementares, daqueles que, nos tempos da nossa saudosa quarta classe, davam direito a um chumbo mais do que garantido .
Mas honra lhe seja : o Brasil vem resistindo à implementação do Novo Ac(b)ord(t)o Ortográfico .
Só que, com um Ministro da Educação deste gabarito, temos que reconhecer que ficaria optimamente servido com ele ...
A investidura do Governo de Pedro Sanchez, com a "muleta" do partido com o qual vinha tendo uma longuíssima fase de desencontros e de malquerenças, revelou ainda a interessantíssima realidade da "exportação" para Espanha do queijo limiano .
Muito curioso .
O deputado por Teruel - o eleito com o menor número de votos de todos os empossados - foi o mais importante de todos .
Se tivesse votado contra, Pedro Sanchez não teria conseguido a investidura .
Só que algumas singelas benesses - recuo no fecho de bilheteiras da Renfe, criação de melhores acessos rodoviários e mais umas minudências - levaram-o, apesar das brutais pressões que sofreu nos últimos dois ou três dias que antecederam a votação para alterar o sentido da sua opção, a ser o fiel da balança .
Alguns anos depois desse filme ter sido rodado em Portugal, surge agora a reprise no país vizinho .
E por assim ser começo com uma declaração de interesses :
* "não vou muito à bola" com Donald Trump ;
* estranho que num enorme país com tantos milhões de habitantes não tivesse sido possível encontrar melhores candidatos do que aqueles que se apresentaram à eleição ;
* não voto em candidatos presidenciais em Portugal, atenta a minha qualidade de monárquico convicto ;
* mas nos EUA não deixo de compreender que no escrutínio tenham escolhido o mal menor entre Trump e a inenarrável Hillary .
Dito isto recordo que Trump começou logo com uma atitude racista - despejou um casal de negros de uma casa branca ...
E, depois disso, nunca mais lhe perdoaram .
Vejamos :
* quando Trump introduziu fortíssimas restrições à entrada de migrantes pela fronteira com o México sofreu uma girândola brutal de críticas .
Só que à extradição de cerca de dois milhões e quinhentos mil migrantes decretada por Obama respondeu um silêncio cúmplice e ensurdecedor ;
* quando Obama obstaculizou um gasoduto que, através da Itália, iria fornecer gás russo a Europa ou silenciou ou apoiou mesmo a decisão .
Só que agora a decisão de Trump de levantar obstáculos a um outro gasoduto com matéria prima da mesma origem recebeu um coro de críticas ;
* quando Obama - Prémio Nobel da Paz !!! - mandou assassinar Ossama bin Laden os apoios à decisão foram muitos e variados .
Agora Trump mandou assassinar o General Soleimani, figura sinistra do Irão, e as vozes negativas são um coro verdadeiramente afinado .