Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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Na actual conjuntura de crise profunda em que a pandemia colocou todo o nosso planeta continuam a existir situações que não consigo entender no futebol .
Primeiro que tudo o facto de, com a brutal redução de receitas que se verifica - e irá continuar ainda, sabe-se lá por quanto tempo - vermos todos os dias contratações de futebolistas por dezenas de milhões de euros . Acresce que recentemente jornais desportivos referiram que, em Portugal, os orçamentos dos clubes subiram 111.000.000 € para a nova época .
A seguir choca-me também que os órgãos de informação desportivos chamem a todas as contratações realizadas "REFORÇOS", quando se sabe pelo passado que alguns desses profissionais nem chegam a pisar os relvados em competição .
São também risíveis as cláusulas de rescisão fixadas quando das celebrações contratuais, mais risíveis ainda quando as comparamos com os valores concretos costantes dos subsequentes acordos de transferência .
Isto para já não falar de matérias que Rui Pinto domina melhor do que ninguém ...
Ao mesmo tempo que a DGS declarou querer, no máximo, 55.000 pessoas em Fátima a Ministra de Estado e da Presidência Mariana Vieira da Silva confessou que o Governo não tem neste momento condições para limitar eventos políticos ou religiosos .
Mais um significativo exemplo de coordenação exemplar entre o Governo e os Serviços Públicos ...
Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a exclusão de Portugal continental do corredor aéreo britânico, declarando "o Algarve injustamente punido com a decisão de Londres" .
Ora a verdade é que a decisão de Londres, tratando de forma diferenciada os Açores e a Madeira por um lado e Portugal continental por outro, é mais do que compreensível .
Os Açores e a Madeira continuam a ter um reduzido número de casos de COVID-19, mostrando-se a situação relativamente controlada . E existe descontinuidade geográfica com o Continente .
É certo que o Algarve, ao contrário da Região Norte e da Região de Lisboa e Vale do Tejo, mantém números baixos .
Mas seria complicado controlar as deslocações de cidadãos britânicos e outros em Portugal, mesmo entrando e saindo do nosso país por via aérea através do aeroporto de Faro .
Só não vê isso um Presidente da República que, por um lado, diz que "regras são para levar a sério", "é preciso que os portugueses ajudem" e que, sobre a evolução da pandemia em LVT, acrescenta que "números são um alarme" e, por outro lado, se prepara para, descontraidamente, ir até Espanha, país no qual o surto está sem controlo ( os novos casos por 100.000 habitantes são 66 na UE, 56 em Portugal e 270 no país vizinho ! ), no próximo dia 1 de Outubro.
É frequente ouvir e ler que a Justiça em Portugal é lenta e não atende, de forma atempada, aqueles que a ela recorrem .
Todos achávamos que era verdade e muitos de nós também entendiam que, sem prejuízo de serem necessárias reformas profundas, a situação poderia melhorar bastante se os juízes fossem mais severos para com a litigância de má fé .
Só que agora viemos a verificar que existem Servuços de Justiça bem piores do que os portugueses .
O Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiu em definitivo um processo instaurado em 1895 ( sim, em 1895 ! ) pela Família Imperial, pedindo que lhe fosse devolvido o Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro .
Nessa decisão definitiva - como é visível deve ter sido profundamente ponderada ... - o STF do Brasil negou o pedido da Família Imperial .
E ainda há quem se queixe da lentidão da Justiça em Portugal ...