Site de poesia, pensamentos, análise política e social, polémica, pontos de vista, interrogações e inquietações .
Aparece de quando em vez, sem obrigações calendarizadas .
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O Ministro das Infraestruturas e da Habitação promoveu a publicação de um despacho descrevendo a solução integrada para o sistema aeroportuário da Região de Lisboa, com um custo de vários milhões de milhões de euros .
O MIH não deu conhecimento prévio da sua iniciativa ao Primeiro-Ministro ( nem ao Presidente da República, mas quanto a este não sentia que existisse obrigação ) .
O PM manifestou-se incomodado com o acontecido e determinou a imediata revogação do despacho.
O PR, embora sempre da forma soft como reage às alarvidades do Governo, também se revelou chocado com a situação .
O MIH efectuou uma conferência de imprensa - sem direito a perguntas, claro ! -, reconheceu o grave erro, penitenciou-se pelo mesmo, mas declarou peremptoriamente que não se demitia .
Conclusão óbvia : um Ministro sem coluna vertebral .
Depois de ter assistido, na noite das Marchas Populares, ao beijo de Marcelo Rebelo de Sousa à barriga de uma ( muito ) grávida negra, só consegui formular duas interrogações :
* será que iremos assistir, até ao final do seu segundo mandato, a novos comportamentos capazes de abastardar ainda mais a função presidencial ? ;
* será que esta abstrusa criatura conseguirá, no futuro, voltar a falar em populismos ?
O Presidente da República "gastou" treze minutos sempre a falar no povo .
Sem o povo, sem a arraia miúda, não teria havido Portugal .
Só que faltou o resto, faltou o essencial .
Não basta falar no povo ... e ficar por aí .
Havia que dissecar a realidade e elencar as razões pelas quais o povo cada vez acredita menos nos políticos e se vai progressivamente alheando da sua participação cívica .
O que falta e em que áreas não se concretizaram as esperanças abertas pelo 25 de Abril ?
Um presidente menos dedicado a selfies, a abraços e a beijos teria cumprido a sua missão pedagógica se tivesse dedicado a maior parte do seu discurso à análise dessas desilusões e ao elencar de propostas para as superar .
Como não o fez - e devia ter feito - ficou um vazio intolerável .