Um pouco de pudor precisa-se
Foi chocante ouvir há poucos dias João Cravinho a alinhar argumentos ( débeis ) no sentido de,
antes do tempo previsto, devolver ao povo a escolha do próximo Governo .
A posição é conhecida - quando o rosa está no poder as legislaturas devem ser levadas até ao
fim ; já se o laranja e/ou o azul presidirem aos destinos do país, perdem legitimidade e deve ser
antecipada a consulta nas urnas .
Escutamos algo similar anos atrás ao "inefável" Mário Soares : a maioria absoluta conquistada
pelos adversários políticos é perigosíssima para a democracia ; ao invés, se essa maioria absoluta
é dos correlegionários, revela-se essencial para que seja possível executar sem condicionalismos
o programa que foi sufragado nas urnas .
Pudor, ainda que em pequenas doses, seria bem-vindo .