O FMI e depois ... o filme do costume
O FMI chegou mais uma vez a Portugal, para realizar o trabalho que os políticos portugueses
de novo se mostram incapazes de fazer ( ou se mostam, por cobardia, desejosos de não
realizar ) .
A receita é conhecida, embora seja de esperar que possa concretizar-se de uma forma menos
gravosa para os mais desfavorecidos e mais dirigida para o combate ao despesismo descontrolado
e à gulodice insaciável do Estado e dos inúmeros boys sentados à mesa do orçamento .
Só que o desenrolar é infelizmente bem conhecido e tem antecedentes que não auguram nada
de bom .
FMI chegado em 2011 garante austeridade e controlo este ano e também nos dois anos seguintes .
Só que em 2014 todos começarão a pensar nas eleições que terão lugar no ano imediato .
E aí os nossos políticos de meia tigela, orientados pela execrável metodologia da " caça ao voto ",
reiniciarão a abertura dos cordões à bolsa, dando cabo num ápice do saneamento entretanto
realizado nas finanças públicas .
E depois, mais ano menos ano, voltaremos a estar na mesma situação .
Na mesma não, antes pior, pois termos hipotecado os poucos átomos de credibilidade que, em
alguns países mais optimistas e crédulos dentro da UE ( e já serão muito poucos ... ), Portugal
ainda mantinha .