As eleições legislativas e a inutilidade das sondagens ( excepto para as empresas que ganham dinheiro a fazê-las )
Mais uma vez concluimos que as sondagens estão longe de ter relevância no tecido eleitoral
português, tanto mais que andaram a " embalar-nos " semanas a fio com a ficção do empate
técnico entre o PSD e o PS .
O primeiro e muito relevante condicionamento à sua utilidade resulta de, na sua esmagadora
maioria, as sondagens serem efectuadas em " contacto boca a boca " e não através da
introdução do voto em urna, única metodologia capaz de assegurar uma votação sem
constrangimentos .
E todos nós sabemos que, em sondagem realizada por contacto boca a boca, é enviezador
dos resultados o complexo de esquerda que ainda subsiste em Portugal .
Então para quê as sondagens com a metodologia que a esmagadora maioria delas utiliza ?
A resposta é rápida, linear e directa : para garantir negócio às empresas que as realizam e
com menores encargos do que utilizando o voto em urna .
Acresce que, nestas últimas eleições, os resultados eram facilmente previsíveis, pelo que bem
dispensavamos todos o " bombardeio " permanente a que fomos sujeitos .
Por minha parte recordarei, como demonstrativo da inutilidade de sondagens realizadas deste
modo, o que escrevi em anteriores posts do meu blog .
Em 2 de Abril de 2011 - " o Harakiri do PS "
Num partido chocantemente domesticado o ainda primeiro ministro teima em submeter-se ao
sufrágio .
O harakiri estará no final deste caminho sem retorno .
Em 29 de Maio de 2011 - " Francisco Louçã, a Esquerda Caviar e os Justiceiros "
Eu alcunhava Louçã de " Justiceiro do Terceiro Esquerdo " .
Só que, como é visível que a sua mensagem cada vez penetra menos nos eleitores, prevejo que
dentro de dias eu tenha que alterar o epíteto para " Justiceiro do Quinto Esquerdo " .
Como é visível, para extrair as conclusões que transcrevo acima não necessitei de quaiquer
sondagens .