A derrota esmagadora do BE, a reacção à derrota do " Justiceiro do Quinto Esquerdo " e o futuro da organização
O Bloco de Esquerda sofreu uma derrota esmagadora nas recentes eleições legislativas, perdendo
metade do seu grupo parlamentar e, nele, o respectivo presidente, o deputado José Manuel Pureza .
Porém, o seu lider Francisco Louçã - ou o " Justiceiro do Quinto Esquerdo " como eu lhe chamo -,
sempre tão lesto a apontar os erros dos outros e a procurar extrair deles as devidas consequências,
não assumiu, demitindo-se, a primordial responsabilidade pela derrocada da organização, refugiando-se
no débil argumento da recente realização da convenção do Bloco .
Há, porém, não poucos bloquistas a pedir a cabeça de FL, por considerarem ter este errado de forma
clamorosa na estratégia eleitoral adoptada .
Só que o Bloco de Esquerda encontra-se assim entre dois fogos :
* ou mantém Louçã, apesar das suas erradíssimas opções, por considerar que só ele, à semelhança do
Marechal Tito, pode ter um papel aglutinador de uma organização constituída por grupelhos muito
diferentes ;
* ou substitue Louçã e corre o risco de, numa primeira fase, ver o Bloco desintegrar-se, tal como sucedeu
com a Jugoslávia, e, depois, desaparecerem alguns desses grupelhos, enquanto que outros resistirão,
embora em coma, com a dimensão do POUS ou de quejandos .
Que venha o Diabo e escolha ...