"A guerrilha que deu em divórcio" ou "Quem tudo quer tudo perde"
As declarações desastrosas de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do PS de bem menor gabarito do que o desejável, provocaram uma reacção de inteligente aproveitamento por parte de Rui Moreira .
Reforçando a sua clara oposição aos "jobs for the boys", Rui Moreira, separando o trigo do joio, mostrou ainda assim abertura à presença de Manuel Pizarro na sua lista concorrente às eleições para a Câmara Municipal do Porto .
Só que - e frisou isso de molde a não deixar quaisquer dúvidas - essa presença surgiria não por se tratar de um militante do PS mas sim por ser uma pessoa de grande capacidade e com provas dadas .
São esses, aliás - acrescentou ainda -, os pressupostos para a inclusão nas listas do movimento independente que encabeça .
Com tais requisitos tornou-se evidente que o PS não poderia tomar outra posição que não fosse preparar, à pressa, uma candidatura própria à autarquia .
É que, a não agir assim e atenta a exigência de Rui Moreira quanto a um elevado nível de capacidade e de provas dadas, o partido corria um sério risco de não conseguir que qualquer outro militante viesse a integrar as listas do movimento independente ...
P.S.
Vai ser curioso analisar o tipo de campanha eleitoral de Manuel Pizarro, em luta com Rui Moreira depois de anos de colaboraçao e empenhamento totais no anterior mandato .