Ainda o vinte e cinco barra quatro
Promessas não cumpridas
Alvorada de Abril, que prometia
O crescimento sim, mas sem censura
Alvorada febril que nesse dia
Nasceu para ficar, límpida e pura .
Alvorada de Abril, mas onde estás ?
Quem te matou e assim te faz negaças ?
Agora as alvoradas surgem más
E poucos as festejam nestas praças .
Acreditaste tanto e afinal
Doente continua Portugal
Sem que se veja ao longe melhoria
Na busca cansativa e dolorosa
Não antevendo cravo ou mesmo rosa
Neste soturno, baço e triste dia .