E agora, Maria João Rodrigues ?
Durante várias semanas chegou a ser chocante assistir às tentativas de Maria João Rodrigues para ser
proposta como comissária por Portugal na Comissão Juncker .
Tentativas dela e não só - também do Partido Socialista -, fazendo avultar a sua enorme competência e a
colaboração que deu, ao longo dos anos, na definição da política de emprego europeia, no relançamento da
estratégia europeia de crescimento e na melhoria da governação económica europeia .
Sendo verdade indiscutível que ninguém é bom juiz em causa própria, a última tentativa de MJR ( num texto
publicado no Expresso de 9 de Agosto pº pº, com o título de "Escolhas de comissário e de país" ), numa altura
em que era visível o seu desespero ( e mau perder ) por surgir já inabalável a candidatura de Carlos Moedas,
contém críticas que o decurso do tempo revelou insubsistentes .
Referia MJR que, "na melhor das hipóteses", só iria haver 7 mulheres na lista dos 28 comissários da Comissão
Juncker .
Ora a verdade é que se encontram propostas 9, ou seja um número igual ao da Comissão anterior .
E quanto a Carlos Moedas - nome proposto, quando a não referência do nome de MJR a Jean-Claude
Juncker é "o que se chama uma oportunidade perdida" - foi-lhe atribuída a Comissão Investigação,
Inovação e Ciência .
Mas MJR foi ainda mais longe, dizendo que Carlos Moedas deu provas bastantes de capacidade operacional,
mas interrogava-se sobre se isso seria suficiente e que parecia evidente a sua dissonância cm as novas
prioridades de Juncker .
Só que a Comissão do Parlamento Europeu à qual competia apreciar os comissários propostos deu parecer
favorável a Carlos Moedas, parecer esse de todos os grupos parlamentares ( incluindo o grupo socialista )
apenas com a excepção do Grupo da Esquerda Unida ( que integrava delegações do PCP e do BE ) .
E agora, Maria João Rodrigues ?