Governo quer eliminar reprovações até ao 9º ano : Uma política coerente com os antecedentes
A Intenção manifestada pelo Governo de eliminar reprovações até ao 9º ano de escolaridade motivou reacções desencontradas .
Os pais e os alunos - aquela parcela deles que adora o facilitismo - embandeiraram em arco.
Em contraponto os mais conscientes preocupam-se com a redução do nível de exigência, temendo as consequências para os ex-alunos no acesso ao mercado de trabalho após o "bónus" escolar, bem como para o país, mal municiado para a competitividade externa .
Por minha parte tenho uma posição diferente de qualquer das anteriores : considero que o Governo, se vier, como é previsível, a concretizar tal objectivo, estará a prosseguir uma política já iniciada .
Importa recordar que foi também um Governo do PS que, ao lançar as "Novas Oporunidades", iniciou a quebra da exigência, atribuindo a equivalência ao 9º ano a trabalhadores cujo nível de conhecimentos, antes do 25/4, garantiria seguramente um chumbo no exame da 4ª classe .
Agora visa-se alargar essa mediocridade ao ensino oficial, reforçando-se o caminho do país para o abismo .