Jornalistas sempre atentos, veneradores e obrigados
Confesso que nunca esperei grande coisa dos frente-a-frente de menos de meia hora entre os representantes dos oito partidos com assento na Assembleia da República mais o Livre ( que foi "repescado", apesar de já não ter qualquer deputado no Parlamento ) .
Esperava, contudo, que no cenário que juntou esses oito partidos mais o Livre no Capitólio o moderador tivesse feito a António Costa as perguntas que muitos fazem mas que nenhum jornalista formula :
"Quando criticou o secretário-geral do PS que o antecedeu no cargo ( António José Seguro ) pelo resultado poucochinho que obteve isso não o atrapalhou quando perdeu as eleições legislativas de 2015 ?
Com a habilidade política que todos lhe reconhecem transformou essa derrota em vitória, "fabricando" a geringonça .
Agora, em 2022, diz que se perder as eleições se demite .
Qual a razão para não tentar de novo converter a derrota em vitória ?"
Seria uma pergunta natural e , mais do que isso, pertinente .
Só que para ela surgir seria necessário que os jornalistas deixassem de ser atentos, veneradores e obrigados ...