Os malabarismos de António Costa
António Costa, recentemente e em off, chamou cobardes a médicos de Reguengos de Monsaraz .
Perante o brutal volume de queixas de que,como seria natural e de prever, foi objecto reuniu de urgência com a Ordem dos Médicos, tendo manifestado, depois de um longo encontro de três horas, apreço e consideração pelos clínicos .
Não é de hoje - e não será por certo pela última vez - que António Costa, seja em on ou em off, produz afirmações chocantes e intempestivas .
Já quando Presidente da Câmara de Lisboa, em 12 de Outubro de 2012, no programa "Quadratura do Círculo", disse a Pacheco Pereira e a Lobo Xavier que Nuno Melo "era um queque malcriado" .
Mais tarde, em Abril de 2016, numa mensagem que era privada mas foi tornada pública, disse ao jornalista João Vieira Pereira, actual director do Expresso, para não ter a ilusão de que lhe admitia julgamentos de carácter e para ele não ficar com dúvidas sobre o que pensava a seu respeito .
Em 25 de Setembro de 2019, na campanha para as legislativas, comunicou aos jornalistas o cancelamento de uma arruada no Algarve . Só que Costa foi à mesma para as ruas de Faro, tendo sido apanhado, por mero acaso, por uma equipa de reportagem da "Antena 1" .
Noutra arruada em Lisboa para as legislativas de 2019 teve uma intensa altercação com um idoso que o interrogava sobre os incêndios de Pedrógão Grande, tendo que ser agarrado pelos membros do corpo de segurança e afastado à força .
E em 13 de Abril deste ano lançou uma autêntica "pérola" ao afirmar que o jornalismo vive sempre da desgraça alheia .
Realmente quem não o conhecer que o compre !...
Mas voltemos aos médicos .
Consultei o dicionário da Porto Editora e dele recolhi :
COBARDE - pessoa que não tem coragem, poltrão, medroso, traiçoeiro, acanhado ;
APREÇO - consideração, estima, valor atribuído a alguma pessoa ;
CONSIDERAÇÃO - acto de considerar, estima, importância, valimento, monta .
A minha confusão aumenta .
Já não chegavam as complicações com o Novo Ac(b)ord(t)o Ortográfico .
Agora são as loas do Primeiro-Ministro aos médicos cobardes ...