Será possível ter esperança no nível dos nossos futuros educadores ?
Foram recentemente publicados os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público .
São números que fazem pensar e que preocupam ao verificar-se que, em TRINTA E DOIS CURSOS, houve estudantes admitidos com nota inferior a dez valores .
Entre esses cursos encontram-se :
Administração Pública e Políticas do Território ( regime pós-laboral )
Agricultura Biológica
Agronomia
Audiologia
Bioquímca
Ciências do Desporto ( pós-laboral )
Ciências Empresariais ( pós-laboral )
Comunicação Social
Design de interiores e Equipamento
Desporto
Economia
Enfermagem
Geografia
Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Empresarial
Gestão e Administração Pública
Informática
Marketing
Marketing e Publicidade
Produção Alimentar em Restauração ( regime pós-laboral )
Serviço Social
Sociologia ( regime pós-laboral )
Turismo
Turismo e Lazer .
Mas a preocupação reforça-se quando se verifica que cursos nas áreas da educação e das ciências educativas também fazem parte do lamentável rol, sendo o nível de exigência na admissão dos alunos baixíssimo . É o que se passa com cursos de :
Ciências da Educação
Educação Básica ( em dois etabelecimentos de ensino )
Estudos Portugueses
Língua Gestual Portuguesa
Português .
Este estado de coisas faz-me recordar o modo como tinha lugar a admissão na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra ( e penso que também nos restantes cursos ) nos meados da década de 50 .
Os candidatos que tivessem, no antigo 7º ano, média mínima de 14 valores e também um mínimo de 14 valores em cada uma das duas disciplinas nucleares eram admitidos . Os restantes, mesmo tendo completado com sucesso o 7º ano, eram sujeitos a um exame de aptidão .
Outros tempos ... e outras exigências !
Agora, preocupa-me a sorte que calhará aos meus netos e aos meus futuros bisnetos com professores dotados de alicerces tão pouco sólidos .