Um deserto de ideias concretas continua a ser a marca de António Costa
Depois de uma longa campanha nas primárias do PS fugindo como diabo da cruz de qualquer ideia,
proposta ou sugestão concreta, António Costa, na noite da vitória, manteve intacta essa imagem de marca .
Foi nessas "comemorações" que, entre outras frases - e, lamentavelmente, não teve uma palavra sequer
para António José Seguro, seu camarada de partido ( aquele partido que António Costa afirma pretender
unir ... ), cuja postura na derrota foi de uma grande dignidade -, disse que "este é o primeiro dia de uma
nova maioria de governo . E é o primeiro dia dos últimos dias deste governo" .
Dos últimos dias deste governo - quantos ? noventa ? cento e oitenta ? trezentos e sessenta e cinco ?
O tempo das afirmações sem conteúdo vai esgotar-se rapidamente para António Costa .
A fase cómoda dos sorrisos, dos beijos e dos abraços vai, por muito que ele não o deseje, ter que ser
substituída pelo elencar de propostas concretas e de alternativas que tenha por viáveis às actuais
políticas governativas .
Só que a nova entronização da falecida "corte socrática" ( de tão má memória ! ) não augura nada de
bom nessa matéria ...